Em um vídeo exclusivo para membros, exploro detalhadamente a recente apresentação de Lyn Alden, destacando sua relevância direta para os conceitos que frequentemente abordamos sobre liquidez, déficits fiscais e investimentos em ativos escassos.
O cerne da discussão de Alden reside em como os gastos fiscais nos Estados Unidos têm elevado substancialmente a liquidez global. Nesse ambiente, ativos como o ouro e o Bitcoin funcionam como verdadeiras esponjas, absorvendo a liquidez excedente e protegendo investidores contra a deterioração do poder de compra.
Embora Lyn Alden tenha apresentado sua tese em um evento especificamente focado em Bitcoin, é essencial notar que tanto o Bitcoin quanto o ouro apresentam comportamentos semelhantes diante dessas condições macroeconômicas. Este artigo se concentra especialmente nos conceitos macroeconômicos levantados por Alden, demonstrando como déficits crescentes são uma consequência inevitável da atual estrutura econômica americana.
A nova era dos déficits fiscais constantes
Historicamente, os déficits fiscais costumavam estar associados diretamente às crises econômicas. Quando o desemprego aumentava, o governo intervinha. No entanto, algo crucial mudou desde 2017. Hoje, vemos déficits fiscais se mantendo persistentemente altos mesmo com taxas baixíssimas de desemprego.
Essa quebra estrutural fica clara quando observamos o gráfico da taxa de desemprego versus o déficit fiscal como porcentagem do PIB:
Claramente, algo mudou. Os déficits fiscais, que eram uma resposta cíclica às recessões, tornaram-se permanentes, indicando um problema estrutural e não transitório.